Sessenta empresas e instituições se reuniram num evento para discutir a ampliação do mercado mineiro
Minas Gerais é o maior produtor nacional de leite, com cerca de 9,7 bilhões de litros ao ano. Mas, as exportações de lácteos ainda são muito pequenas frente ao potencial. Com grande número de laticínios e um portfólio variado, o Estado vem se preparando para melhorar as negociações com o mercado externo. Por isso, quase 60 empresas e instituições se reuniram, ao longo de cinco dias de eventos virtuais, com representantes de quatro países em busca de novos mercados para os produtos lácteos de Minas Gerais.
Foram apresentados representantes de indústrias, cooperativas e agroindústrias do setor aos adidos agrícolas e aos setores de promoção comercial das embaixadas brasileiras no Chile, Egito, México e Peru, além de funcionários do setor importador destes países. “Conseguimos explicar para o setor todos os trâmites e caminhos do processo de exportação, quais instituições procurar, além de apresentarmos um pouco desses novos mercados que estão abertos para os nossos produtos e já possuem protocolos estabelecidos e acordos assinados pelo governo federal”, avalia o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Carlos Eduardo Oliveira Bovo.
Minas lidera a produção nacional de leite e derivados com reconhecida qualidade, mas ainda exporta pouco. Para se ter ideia, em 2020 as vendas externas do setor alcançaram US$ 16,15 milhões, representando apenas 0,2% do valor total exportado pelo agronegócio do estado. Entre os quatro países que participaram do workshop, Minas já comercializa lácteos apenas com o Chile, que importou US$ 922 mil em queijos no ano passado. A partir deste evento, Minas vai fazer uma seleção das empresas interessadas em cada um dos mercados que foram apresentados e será avaliado quais os próximos passos.