O último registro da doença no estado foi em 1996
Neste ano, Minas Gerais irá fazer as últimas etapas da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa. O anúncio da suspensão da vacinação contra a doença, a partir de 2023, foi feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) durante a Expozebu em Uberaba, no Triângulo Mineiro.
Além de Minas, também ficam livres Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e o Distrito Federal. Já os outros quatro estados do Bloco IV – Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe – devem manter as duas etapas de vacinação previstas para o próximo ano. O estado mineiro se junta a Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia, parte do Amazonas e parte do Mato Grosso, que já possuíam o status de área livre de aftosa sem vacinação. O último registro da doença em Minas Gerais foi em 1996.
Com o cumprimento dos critérios estabelecidos pelo Mapa – como exames comprovando a ausência da circulação do vírus no rebanho, cobertura vacinal acima de 95% e a estruturação física e de pessoal nas unidades de vigilância – Minas passa a alcançar um novo status. Para o pecuarista, o avanço se traduz em redução dos custos de produção, abertura de novos mercados e melhor remuneração pela tonelada exportada.
“A retirada da vacina deve abrir as portas de novos mercados, que exigem dos exportadores o status de livre de febre aftosa sem vacinação e remuneram melhor os produtos vindos desses países. Nós vamos poder comercializar nossos produtos acima do valor obtido hoje, como fazem os estados que já retiraram a vacinação de seus rebanhos”, disse o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes.
O Governo de Minas estipulou o repasse de R$ 42,2 milhões para a modernização de estruturas e fortalecimento das atividades realizadas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão responsável pelo serviço de fiscalização e vigilância sanitária vegetal e animal.
Veja também: Vacinação começou em maio.