Oitenta produtores de Inhapim vão participar da qualificação que promete mudar o cenário econômico da cultura na região
O palmito pupunha está em amplo crescimento no país. Ele é muito procurado por ser querido nas receitas brasileiras. Em Inhapim, na região Leste de Minas, a cultura que começou simples já está com cerca de 20 hectares de plantação, que equivalem a pouco mais de 20 campos de futebol. Os produtores agora se preparam para um curso pioneiro no Brasil que promete mudar a realidade da produção local: o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) especificamente para esta cultura.
O incentivo à produção de palmito pupunha já havia sido testando antes, em projetos de prefeituras da região. No entanto, as iniciativas fracassavam porque, sem conhecimento adequado sobre os tratos culturais, os produtores perdiam a plantação e desistiam do negócio.
Mas agora, com o apoio do sistema FAEMG, a expectativa é de seja criado um novo cenário, com nova realidade.
O encontro de mobilização do segmento foi feito essa semana, em Inhapim, com a parceria do Sindicato dos Produtores Rurais de Caratinga. Os produtores e parceiros acompanharam a apresentação das diretrizes do trabalho, feita pelo gerente regional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES em Governador Valadares, Luiz Ronilson Araújo Paiva. Eles também conheceram a técnica de campo que vai acompanhá-los pelos próximos dois anos, a bióloga Leila Sampaio Gomes, que também é produtora de pupunha na região.
De acordo com a analista técnica e coordenadora do ATeG Vegetal, Nathália Rabelo, a maior parte dos participantes já tem experiência, pois já produzem e colhem.
A região conta com cerca de 80 produtores de pupunha. Com o apoio do ATeG a expectativa é a que o negócio abra caminho para outros empreendimentos, como é o caso de agroindústrias de processamento para a iguaria.