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Pecuaristas do Sul de Minas investem na fertilização in vitro

Até o final deste ano, deverão ser feitas cerca de 550 transferências de embriões da fertilização in vitro

(Foto: Emater-MG)
Guto Moreira
13 de outubro de 2022
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Pequenos produtores de cinco municípios do Sul de Minas estão apostando em um projeto para melhoria genética do rebanho bovino, com o uso de tecnologia. Desde 2020, está em execução o trabalho de fertilização in vitro e transferência de embriões, com a intenção de melhorar a produtividade do gado de leite.

A Empresa da Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) informou que até o final deste ano, deverão ser feitas cerca de 550 transferências de embriões da fertilização in vitro em rebanhos de Santa Rita de Caldas, Ipuiúna, Caldas, Ibitiúra de Minas e Senador José Bento.

“A região possui muitos produtores de leite. A necessidade era fornecer animais com genética superior, aumentando a produtividade de leite no rebanho destes produtores, que muitas vezes não possuem animais de genética superior em suas propriedades”, explica o técnico da Emater-MG no município de Santa Rita de Caldas, Rodrigo Beck Júnior.
Eliton Silva, um dos produtores atendidos pelo programa, cria um rebanho de 80 cabeças. Ele já tem 13 novilhas que nasceram pela técnica de fertilização in vitro e mais 22 vacas prenhas que receberam embriões nos últimos meses.

“Eu só tinha visto esta técnica na televisão. Nunca achei que um pequeno produtor teria condição de fazer isso. Sempre tive o sonho de ter vacas girolando meio-sangue. É difícil ter uma girolando boa, mas com a fertilização in vitro, é 100% confiável”, afirma.

Fertilização in vitro

A técnica consiste na fecundação dos oócitos colhidos de vacas doadoras pré-selecionadas. Esta fecundação é feita em laboratório, utilizando sêmen de touros provados, com padrão genético superior. Ao concluir o cultivo in vitro, os embriões são transferidos para as vacas receptoras. No Sul de Minas, as vacas doadoras são das raças gir, girolando ou holandesa.

Custo

Cada embrião está em torno de R$ 605. O Sebrae paga 70% do valor e o restante é por conta do produtor. O trabalho de coleta dos oócitos e de transferência dos embriões é feito por um veterinário. Já a fecundação in vitro é realizada em um laboratório da região, credenciado pelo Ministério da Agricultura. O trabalho é financiado, principalmente, pelo programa Sebraetec FIV. A Emater é responsável pela mobilização dos pecuaristas beneficiados, incluindo o cadastramento e organização da documentação para a assinatura de contratos. A Associação de Produtores de Leite de Santa Rita de Caldas e Região (Aprol) também é parceira na iniciativa.

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