Em dois anos de qualificação eles mudaram a realidade nas propriedades
O grupo do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Balde Cheio, em Palma, na Zona da Mata, participou de uma reunião de Benchmarking que marcou o encerramento do curso que durou dois anos. A técnica de campo, Débora Brinati, apresentou os resultados alcançados e contou que foi desafiador assumir o grupo já em andamento. “É recompensador ver que o grupo confiou em mim e no programa e juntos conseguimos um bom desenvolvimento”, disse.
Segundo a técnica, a rentabilidade do grupo passou de 30 para 38% no período. O indicador é considerado importante pois representa a evolução profissional dos empreendedores do campo. “Muitos já tinham bastante conhecimento e juntos ajustamos o trabalho e estratégias”, pontuou Débora.
O gerente do Sistema Faemg em Viçosa, Marcos Reis, e o supervisor, Paulo Henrique Lelis, acompanharam a apresentação. Marcos salientou que além das conquistas demonstradas em números, todos elogiaram o empenho da técnica de campo. “Tivemos a participação expressiva dos produtores na reunião e isso é excelente! Ouvimos depoimentos interessantes sobre o trabalho desenvolvido pela Débora, que conquistou o seu espaço com conhecimento e postura profissional”, contou.
O produtor João Bosco Carvalho Ferreira disse que a presença da técnica fez a diferença na sua propriedade dele. Depois de receber o Sítio Casa Amarela como herança, em 2013, João Bosco que nunca havia trabalhado no meio rural passou a investir na pecuária leiteira. “O ATeG chegou na hora certa e foi uma experiência positiva e valiosa que nos deu muito conhecimento desde a análise do solo à adubação dos pastos e nutrição adequada ao controle reprodutivo e sanitário”, revelou.
João Bosco, é administrador, ele também aproveitou o acompanhamento para reforçar a atenção às anotações gerenciais e viu os resultados na prática. Melhor nutrição e alimentação disponível para os animais nas quantidades e períodos certos deram a ele uma produção diária de leite de 270 litros. Antes eram apenas 100 litros por dia.
A área média do grupo aumentou de 49 para 52 hectares do primeiro para o segundo ano de ATeG. A porcentagem média de vacas nos rebanhos também aumentou e, dessas, em média 70% mantiveram-se em lactação garantindo uma produtividade média do grupo de 2800 litros por hectare/ano, no segundo ano do programa. Os indicadores econômicos indicaram que a média da margem líquida do grupo subiu de pouco mais de R$42 mil, no primeiro ano, para R$60.252,99 no ano seguinte.
A turma está interessada em continuar no programa e segundo o gerente Marcos Reis, há articulação de parcerias locais em andamento para viabilizar o pós-ciclo. O sindicato também indicou demanda para um novo grupo na região de Palma e Laranjal.