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Produtores investem no plantio de abacate em Raul Soares

A fruticultura do município já conta com mais de 300 abacateiros

Foto de abacates no pé
A fruta tem mercado na região, diz técnico do Sistema Faemg. (Foto:Abrafrutas)
Washington Bonifácio
2 de abril de 2022
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Produtores rurais de Raul Soares estão investindo na implantação da cultura do abacate com o auxílio do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Fruticultura do Sistema FAEMG. Segundo o técnico de campo que atende os produtores, Guilherme Peterle, 25 dos 30 agricultores do grupo já iniciaram o plantio dos abacates. “A fruta foi escolhida por ser uma cultura viável para a região pelo baixo custo e poucas exigências nos tratos culturais”, disse.

O município tem, atualmente, 14 hectares de abacate plantados e a previsão do técnico é a de que, até dezembro, o total chegue a 30 hectares.

“A demanda partiu do município buscando inovação e diversificação. Somos diversos parceiros unidos para alavancar a fruticultura em Raul Soares. Há uma perspectiva de apoio forte ao grupo com incentivo de compras coletivas, processamento mínimo e venda dessas frutas”, pontuou o gerente da Regional Viçosa, Marcos Reis.

Estudo de viabilidade

A viabilidade econômica e de mercado também influenciaram na escolha da fruta. Foram feitas pesquisas em centros de abastecimento (Ceasa) próximos a Raul e os indicadores são considerados bons para a implantação da cultura

 “Fiz um levantamento em Caratinga, Belo Horizonte e Vitória e nos últimos quatro anos o preço do abacate tem se elevado ou se mantido e houve melhora no preço. O valor médio da fruta em dezembro de 2021 foi de R$8,50 o quilo. Indício de que o mercado é vantajoso”, disse o técnico Guilherme Peterle.

Além do abacate, que é a nova aposta dos fruticultores, a banana pão já é bastante cultivada e vendida no município. Guilherme acredita que com o ATeG também haverá melhorias significativas do cultivo dessa variedade. “Os produtores têm grande interesse em aprender, dão muito valor à assistência, exigem informações técnicas e muitos estão buscando mais fontes de informação e conhecimento para desenvolver a atividade. Estamos dando uma grande contribuição para eles e para a cidade”, comentou o técnico.

Jaciara, o marido e o pai plantaram 100 pés de abacate. Ao lado está o técnico Guilherme Pertele. (Foto: Divulgação)

O grupo

Entre os participantes há diversos perfis de produtores. Há quem tenha 50 plantas e quem investiu no plantio de 300 abacateiros. Há quem já faça outras atividades agrícolas na propriedade e estão buscando a diversificação com a fruticultura. Guilherme contou que cinco produtores plantaram o abacate junto à lavoura de café. Dos mais experientes aos iniciantes, todos têm em comum a vontade de fazer dar certo.

A Jaciara Xavier começou do zero. Recentemente ela e a família adquiriram uma propriedade rural e a fruticultura apareceu como a atividade ideal para o sítio de um alqueire. Ela plantou 100 pés de abacate e 60 pés de cítricos como laranja, mexerica e limão. O ATeG tem auxiliado a produtora a dar passos mais seguros.

“Entrei sabendo nada, já melhorei bastante! Tenho lido muito, estudando e cumprindo todas as orientações do técnico. Encarando o sítio como um empreendimento, vejo a fruticultura como um futuro promissor. Quero viver disso”, finalizou.

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