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Projeto traça perfil de sustentabilidade da cadeia da canola

De acordo com os pesquisadores, a busca por sistemas de produção mais sustentáveis vem crescendo

A proposta foi contemplada com recursos de um edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Foto: Embrapa).
Vivia de Lima
9 de maio de 2022
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A Embrapa Agroenergia finalizou um estudo que resultou no Inventário do Ciclo de Vida da canola, em especial para a região Sul do País, onde está concentrada a produção nacional da oleaginosa. Inédito para a cultura da canola no Brasil, o levantamento e a avaliação dos dados, que resultou no inventário,  consideraram tanto a produção de grãos (fase agrícola) quanto o seu beneficiamento para a produção do óleo e do farelo (fase industrial), principais produtos da cadeia. “A estruturação do Inventário do Ciclo de Vida é uma etapa muito importante e indispensável para definir os estudos, como a Avaliação do Ciclo de Vida, que visam definir o desempenho ambiental de produtos e avaliar os impactos ambientais potenciais”, explica o pesquisador da Embrapa Agroenergia  Alexandre Cardoso, líder do projeto.

Ele acrescenta que a busca por sistemas de produção mais sustentáveis vem crescendo e, considerando a participação do agronegócio brasileiro no mercado mundial, é de suma importância avaliar o desempenho ambiental dos produtos nos sistemas de produção brasileiros. Isso porque cada vez mais países levam em consideração questões ambientais para estabelecer barreiras não-tarifárias, a fim de restringir o comércio de produtos que não comprovem serem oriundos de um sistema produtivo sustentável.

Ao justificar a escolha da canola, o pesquisador explica que ela é a terceira oleaginosa com maior volume de produção no mundo e que ainda não havia ICV para a cultura nas condições brasileiras, que diferem muito do cultivo realizado em outros países. “Embora a sua produção ainda seja pequena no Brasil, a cultura vem demonstrando potencial de expansão para a Região Centro-Oeste, representando uma alternativa para complementar o mercado de óleos vegetais do País”, avalia.

O trabalho foi realizado em parceria com a Embrapa Trigo , com a Universidade de Brasília (UnB) e contou com participação do setor privado, representado pela Celena Alimentos e pela Associação Brasileira dos Produtores de Canola (Abrascanola).

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