Os impactos da seca começam a ficar mais evidentes e de acordo com especialistas, os prejuízos ainda persistem
O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York. A semana foi marcada por mudanças nos preços, e apesar da valorização desta sexta-feira (29), no acumulado semanal o contrato referência, dezembro/22, registrou 0,69% de alta.
O retorno das chuvas no Brasil aliviou a condição de estresse hídrico, mas não recupera o potencial produtivo da safra do ano que vem. Segundo a Fundação Procafé, os impactos da seca prolongada e três geadas serão sentidos nos dois próximos dois ciclos e a expectativa para uma boa produção de café arábica para o Brasil fica para 2024. As notícias, no entanto, não são tão positivas para a safra 22 no Brasil. Com problemas climáticos há dois anos, os impactos da seca começam a ficar mais evidentes no cafezal e de acordo com a Procafé, a florada não vingou e as chances de uma boa safra de arábica fica cada vez mais distante do produtor.
Para os próximos ciclos, de acordo com a Procafé, o produtor precisa estar atento nos tratos culturais para não quebrar ainda mais a safra do ano que vem. O custo de produção subiu expressivamente, e esse é o momento do produtor equalizar as aplicações com a realidade atual. “Nós temos que reduzir custo porque não temos como aumentar produtividade. Não estou falando que ele tem que reduzir a adubação, produtos de controle de pragas e doenças, é tomar a melhor estratégia para reduzir custos”, destacou o pesquisador Alysson Fagundes.