Em setembro é esperado que a chuva ocorra dentro da média normal para o período
As chuvas até esse momento do mês de agosto no Brasil têm se concentrado no extremo norte dos estados do Amazonas, Pará, Noroeste do Maranhão e ao longo do litoral do Espírito Santo até a Paraíba. No restante do país, prevalece o tempo seco.
No Sul de Minas, Varginha registrou déficit hídrico ao final de julho em menos 42 milímetros. De acordo com levantamento realizado pela Fundação ProCafé, o normal para o período é de 5 milímetros. Caso não chova até o final deste mês o prejuízo será grande nas lavouras de café, informou a fundação.
Na região de Boa Esperança, o déficit hídrico está na ordem de 136 milímetros, e em Muzambinho em torno de 26 milímetros. A fundação ainda orienta os produtores irrigantes a trabalhar com sublâminas de irrigação, deixando as lavouras levemente hidratadas, mas sem promover floradas antecipadas.
Somente Carmo de Minas ainda possui um armazenamento de cerca de 20 milímetros. A presença de folhas infectadas aumentou em Varginha e Carmo de Minas em relação ao mês anterior, e o índice médio da ferrugem na região está na ordem de 22%. Na região de Boa Esperança o índice de bicho-mineiro está em 12,8% de folhas minadas, concluiu o levantamento.
Esperada para os próximos meses, a florada poderá ser afetada caso a previsão de tempo seco e a elevação das temperaturas na região cafeeira se confirme nos próximos meses. Os produtores estão preocupados com a próxima safra. Nas regiões onde ocorreu geada, a dica é aguardar as novas brotações. Já nas regiões onde não ocorreu geada, as podas devem ser realizadas o mais rápido possível nas lavouras.
Para Minas Gerais, é esperado que em setembro a chuva ocorra dentro da média normal para o período. Em outubro, as chuvas poderão ocorrer um pouco abaixo da média do mês em Pouso Alegre e em Itajubá, no Sul de Minas. Em novembro, é esperado chuvas acima da média em todo o estado de Minas.