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China corta a previsão de crescimento econômico anual

Variante Delta é responsável por retração do mercado de 8,9% para 8,2%, em 2021, preveem bancos

Chineses trabalham em fábrica de calçados
Consultores preveem queda de consumo no segundo semestre (Foto: Lintao Zhang/Getty Images)
Washington Bonifácio
4 de agosto de 2021
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A China voltou a sofrer com cepa mais violenta da Covid 19. A variante Delta forçou autoridades chinesas a confinar milhões de civis, há 3 dias. No início da semana, o governo do presidente Xi Jinping anunciou 55 novos casos de Covid-19 de transmissão comunitária, em 24 horas. A cepa Delta está presente em mais de 20 cidades e em 15 províncias.

Imagem de uma pessoa vestida com roupa de proteção contra a covid empurrando uma senhora em uma maca

Restrições para frear a crise sanitária podem prejudicar a saúde financeira da China. (Foto:Dimitar DILKOFF/ AFP)

Mercado retrai e commodities têm baixas

Nessa quarta-feira(04), a Nomura Securities, grupo de serviços financeiros e banco de investimento global, reduziu as previsões de crescimento do produto interno bruto (PIB) da China de 6,4% e 5,3% para 5,1% e 4,4%, respectivamente. A Nomura também reduziu a previsão de crescimento econômico anual da China de 8,9% para 8,2%. Segundo o economista chefe da Nomura na China, Lu Ting, além da variante Delta, a China sofre também os efeitos de fenômenos da natureza.

“As recentes chuvas fortes e inundações, ambas mais severas do que o esperado, também tornaram necessário reduzir nossa previsão de crescimento do PIB para o terceiro trimestre”, disse Lu Ting.

Segundo especialistas, as alterações do modo de vida na China podem apontar os primeiros problemas nos próximos dias.

Veja os principais possíveis motivos:

  • Petróleo: Com o fechamento de aeroportos e o cancelamento de voos, o consumo de combustível aéreo diminuiu, dentre outras medidas que forçam o isolamento e evitam o deslocamento em veículos.
  • Algodão: Com o fechamento de lojas, o setor já sentiu a queda nas vendas e a indústria teme efeito cascata.
  • Soja: Para essa commoditie, o impacto deve vir mais lentamente, pois afeta primeiro na queda da demanda interna de farelo para rações. O impacto maior poderá ser com a queda da diminuição do consumo de carnes, devido o fechamento de restaurantes e polos de alimentação.

Os bancos da China estão de olho na movimentação econômica e temem que as restrições para frear a crise sanitária afetem a saúde financeira do país. “Se as pessoas não puderem gastar por causa da epidemia, isso definitivamente reduzirá o consumo no segundo semestre do ano”, disse Bruce Pang, diretor de pesquisa macro e estratégica da Huaxing Securities (Hong Kong).

Com informações do Epoch Times.

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