Sucesso nas operações rendeu à empresa de extensão rural um bônus de quase R$ 600 mil
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em Minas Gerais, registrou 3.777 operações de custeio para agricultores familiares que atingiram R$ 119,7 milhões, em 2021. Segundo o órgão, dos produtores que contraíram o crédito apenas 0,72% não cumpriram com o acordado. Além disso, outros 84 contratos para o custeio empresarial, no valor de R$ 14,9 milhões, tiveram ‘calote’ zero, segundo a Emater.
O sucesso das duas operações rendeu à Emater-MG dois bônus do Banco do Brasil, totalizando mais de R$ 578 mil. O superintendente estadual da instituição financeira, Gustavo Henrique da Rosa, fez a entrega simbólica do cheque. Para o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia, a baixa inadimplência dos contratos é reflexo da ação dos técnicos da empresa.
“Esse bônus vem premiar e demonstrar a seriedade do trabalho dos nossos profissionais com projetos corretos e coerentes. São propostas viáveis e eficazes, o que reflete nos altos índices de adimplência. Temos uma política de crédito rural sendo aplicada e queremos fortalecer essa parceria para levar desenvolvimento ao produtor rural”, salienta.
Pelo sistema de parceria com o correspondente bancário, os produtores rurais podem solicitar o crédito rural diretamente nos escritórios da Emater-MG, que está presente em mais de 800 municípios do estado. Os técnicos da empresa, além de indicarem a linha de crédito adequada para cada caso, ainda elaboram os projetos necessários para a liberação do financiamento e orientam sobre toda a documentação exigida. Assim, os produtores só precisam ir à agência bancária para assinar o contrato.
O coordenador estadual de Crédito Rural da Emater-MG, José Henrique Barbosa, ressalta que, historicamente, as taxas de inadimplência são baixas no Pronaf.
“Os produtores rurais são bons pagadores, exceto quando ocorre algum evento climático, que prejudica a produção. Nesse caso, o produtor pode acionar o seguro, vinculado à operação de custeio. Há também situações em que o valor de mercado não remunera adequadamente a atividade. Diante dessa situação, o agricultor pode procurar a instituição financeira e solicitar uma renegociação da dívida, a fim de regularizar sua situação junto ao banco,” orienta José Henrique.
A demanda por crédito rural cresceu bastante em Minas Gerais no último semestre. Dados da Secretaria Estadual da Agricultura (Seapa) mostram que os financiamentos para o setor aumentaram 31% nos seis primeiros meses da safra 2021/2022. Do total de crédito liberado para Minas até agora, R$14,52 bilhões foram para a agricultura, alta de 35% em relação à safra passada no mesmo período.
Já na pecuária, o valor chegou a R$ 6,4 bilhões, superando em 22% o registrado nos primeiros seis meses da safra 2020/2021. Os custos de produção agropecuária tiveram uma forte alta nos últimos meses, o que gerou a necessidade de um aumento na tomada de recursos financeiros.