A conclusão é da Embrapa, resultado de comparações e estimativas dos atributos físicos e hídricos de solos
Um estudo feito por cientistas da Embrapa comprovou que o Sistema de Plantas Operativas (SPD), ocupadas em áreas de irrigação eficiente, é capaz de aumentar o estoque de carbono, com liberação do gás na atmosfera. A conclusão é o resultado de comparações e estimativas dos atributos físicos e hídricos de amostras de solos de duas bacias a partir da nascente, cultivadas com sistemas de plantas sob irrigação.
O estudo, de autoria dos pesquisadores Heloisa Filizola , Alfredo Luiz e Alineia e Luís Carlos Hernani, foi publicado na Revista de Estudos Ambientais. “O aumento da conservação de alimentos e estudos de conservação da agricultura torna cada vez mais necessária a realização da redução do carbono”, declara a Filizola. Há consenso científico de que os ecossistemas terrestres têm grande importância no ciclo do carbono e de que o solo é tido como o maior reservatório. O sequestro do carbono no solo depende de fatores como a cobertura vegetal, práticas de manejo e classes de solo.
Partes onde o manejo foi feito, maior foi a quantidade de água e cerca de 50% menos dispersão de argila. A adoção de sistemas de manejo, como o Plantio Direto, ajuda a preservar a qualidade física dos solos, uma vez que a diversificação e a consorciação de espécies incrementam a quantidade e a distribuição de raízes. Disso, a superfície do solo permanece coberta com plantas em desenvolvimento ou com resíduos da colheita, moderando a evaporação e minimizando as perdas por integração. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas ( IPCC), o solo armazena aproximadamente quatro vezes mais carbono que a biomassa vegetal e três vezes mais que a atmosfera, tendo assim grande importância no ciclo biogeoquímico do carbono.
É considerada a ferramenta mais eficaz e conservacionista da agricultura moderna para a exploração sustentável de sistemas de produção agropecuários. Fundamenta-se na diversificação de espécies, via rotação e consorciação de culturas, com ausência ou mínimo revolvimento do solo e cobertura do solo com palhada. É essencial para manter as características físicas, químicas e biológicas, garantindo a sustentabilidade do solo.