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Sojicultores apostam no controle biológico para evitar prejuízos

Investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos aumentaram e o setor já movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano no Brasil

Controle biológico ajuda a combater diferentes pragas que atingem as lavouras. (Foto: O Perobal/UEL)
Ricardo Miranda
9 de novembro de 2022
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A aplicação recorrente de produtos químicos para combater doenças foliares faz com que alguns patógenos desenvolvam resistência aos fungicidas, o que pode provocar prejuízos nas lavouras. Como alternativa, os produtores brasileiros estão apostando no manejo integrado com uso de biodefensivos. Nos últimos dois anos esse mercado cresceu 75% no país.

Na sojicultora o uso de biodefensivos ajuda no combate às principais doenças que atingem as lavouras, como a antracnose, mancha alvo, mofo-branco e ferrugem asiática. Com o desenvolvimento de novos defensivos biológicos com alta tecnologia de formulação, esse mercado saltou de um faturamento de R$ 946 em 2019 para quase R$ 1,8 bilhão em 2021, segundo a consultoria Blink. Um estudo da IHS Markit projeta que até 2030 o setor movimente R$ 16,9 bilhões por ano.

A cultura da soja é responsável por quase metade do uso de biodefensivos no Brasil. No ano passado os sojicultores movimentaram R$ 829 milhões com o controle biológico de pragas. Em 2019, o investimento não chegou a R$ 400 milhões. “Além de reduzir as chances do surgimento de resistências às moléculas químicas tradicionais, a adoção do controle biológico agrega outros benefícios ao cultivo, como o aumento da diversidade biológica e equilíbrio do sistema de produção, a otimização nutricional pelas plantas, e assim, um importante incremento em produtividade”, explica a gerente de Desenvolvimento de Mercado da Vittia especialista em produtos biológicos, Cibele Medeiros.
Com o crescimento da aplicação de bioinsumos na sojicultora, também aumentaram os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos para o controle biológico de pragas. “O resultado é um processo acelerado de inovação tecnológica e lançamentos de novos produtos, cada vez mais completos e com ampla recomendação de uso”, destaca Cibele. Em 2013 o Brasil contava com apenas 107 produtos para o controle biológico de pragas. Este ano, já há mais de 433 biodefensivos autorizados.

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