Só este ano, quase 100 toneladas de hortaliças produzidas em unidades prisionais do estado foram doadas para entidades assistenciais
O Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) vem desenvolvendo um trabalho importante com detentos de 49 unidades prisionais do estado. Com o plantio de hortaliças, os presos contribuem com entidades assistenciais e famílias em situação de vulnerabilidade. Só este ano, o projeto já fez a doação de quase 100 toneladas de verduras e legumes fresquinhos.
Ao todo, detentos de 49 unidades prisionais de Minas Gerais estão empenhadas no cultivo das hortaliças. Com o projeto, várias instituições são beneficiadas pelas doações. A iniciativa acontece em quase todas as regiões de Minas, incluindo o Vale do Rio Doce, Vale do Aço, Zona da Mata, Região Central, Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Sul de Minas, Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha.
Em Ribeirão das Neves, na região Metropolitana de Belo Horizonte, a Penitenciária José Maria Alkimin fez a entrega de mais de uma tonelada de alimentos apenas na última segunda-feira (21/11). Ao todo, 1240 quilos de verduras e legumes foram entregues para oito instituições, incluindo asilos, casas e instituições de apoio, escolas e comunidades carentes. Só este ano a unidade já fez a doação de 10 toneladas de alimentos cultivas por aproximadamente 25 presos em uma área de 3 mil metros quadrados.
De acordo com o Depen, o projeto é uma das ações de compromisso social, sustentabilidade e participação comunitária. “Os presos recebem qualificação profissional para o trabalho na agricultura, os terrenos cultiváveis nas áreas das unidades prisionais tornam-se produtivos, sem custos para o Estado, e as comunidades são beneficiadas. Estamos trabalhando para ir além dos muros e fortalecer a instituição”, ressalta o diretor-geral do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, Rodrigo Machado.
Algumas unidades prisionais que possuem viveiros para abastecimento próprio e conseguem destinar parte da produção de sementes e mudas para outros presídios, onde os detentos também realizam o projeto. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança pública fornece as ferramentas e a própria unidade prisional adquire os fertilizantes. “Os presos estão presentes em quase todo o processo, como o preparo do terreno, recebimento das sementes e mudas, plantio, rega e limpeza constante. A grande recompensa vem no final, no momento da entrega, quando todos eles participam”, explica o gerente de produção da José Maria Alkmin, o policial penal Junior Cândido de Oliveira.