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Detentos do sistema prisional trabalham no cultivo de hortaliças

Só este ano, quase 100 toneladas de hortaliças produzidas em unidades prisionais do estado foram doadas para entidades assistenciais

Detentos de várias unidades prisionais do estado participam do projeto. (Foto: Tiago Ciccarini / Sejusp)
Ricardo Miranda
23 de novembro de 2022
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O Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) vem desenvolvendo um trabalho importante com detentos de 49 unidades prisionais do estado. Com o plantio de hortaliças, os presos contribuem com entidades assistenciais e famílias em situação de vulnerabilidade. Só este ano, o projeto já fez a doação de quase 100 toneladas de verduras e legumes fresquinhos.

Ao todo, detentos de 49 unidades prisionais de Minas Gerais estão empenhadas no cultivo das hortaliças. Com o projeto, várias instituições são beneficiadas pelas doações. A iniciativa acontece em quase todas as regiões de Minas, incluindo o Vale do Rio Doce, Vale do Aço, Zona da Mata, Região Central, Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Sul de Minas, Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha.

Entrega das hortaliças produzidas em unidade prisional de Ribeirão das Neves. (Foto: Tiago Ciccarini / Sejusp)

Em Ribeirão das Neves, na região Metropolitana de Belo Horizonte, a Penitenciária José Maria Alkimin fez a entrega de mais de uma tonelada de alimentos apenas na última segunda-feira (21/11). Ao todo, 1240 quilos de verduras e legumes foram entregues para oito instituições, incluindo asilos, casas e instituições de apoio, escolas e comunidades carentes. Só este ano a unidade já fez a doação de 10 toneladas de alimentos cultivas por aproximadamente 25 presos em uma área de 3 mil metros quadrados.

De acordo com o Depen, o projeto é uma das ações de compromisso social, sustentabilidade e participação comunitária. “Os presos recebem qualificação profissional para o trabalho na agricultura, os terrenos cultiváveis nas áreas das unidades prisionais tornam-se produtivos, sem custos para o Estado, e as comunidades são beneficiadas. Estamos trabalhando para ir além dos muros e fortalecer a instituição”, ressalta o diretor-geral do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, Rodrigo Machado.

Algumas unidades prisionais que possuem viveiros para abastecimento próprio e conseguem destinar parte da produção de sementes e mudas para outros presídios, onde os detentos também realizam o projeto. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança pública fornece as ferramentas e a própria unidade prisional adquire os fertilizantes. “Os presos estão presentes em quase todo o processo, como o preparo do terreno, recebimento das sementes e mudas, plantio, rega e limpeza constante. A grande recompensa vem no final, no momento da entrega, quando todos eles participam”, explica o gerente de produção da José Maria Alkmin, o policial penal Junior Cândido de Oliveira.

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