Pandemia e inverno contribuem para aumento do consumo
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) prevê um aumento de 30% no consumo nesta época do ano. Segundo especialistas, o que ajudou foi o fato de as famílias terem ficado em casa durante a pandemia. As pessoas consumiram mais café ao ficarem mais tempo reunidas em casa. Outro fator que contribuiu foi a chegada do frio. Nesta época, os apreciadores têm procurado também por bebidas mais especiais. Eles querem testar novos sabores e sensações, como mostra uma pesquisa feita pelo Sebrae.
Davi Charbel é produtor de café especial e tem duas marcas em Manhuaçu, na Região das Matas de Minas. Ele compra o café limpo de cerca de 20 produtores, classifica, beneficia e comercializa em todo o Brasil. Em cinco anos de mercado, o negócio cresceu acima do esperado. Atualmente o empresário adquire 300 sacas por safra.
“Muitos produtores trazem amostras para ser pontuadas, mas nós somos exigentes quanto à qualidade. Um exemplo: de cada 100 amostras, geralmente, apenas cinco são aprovadas”, estima o jovem empreendedor.
Além de beneficiar cafés da região, o Davi também viaja a procura de bebidas premiadas para distribuir com as marcas Rei Davi e Salomão. Hoje ele tem no estoque um lote do melhor café do Brasil, eleito em 2020, produzido no Sul de Minas. O quilo custa em média R$ 220.
Segundo o empreendedor, as pessoas que compram o café especial apreciam novas experiências sensoriais, por isso todo o processo tem que ser padronizado, mesmo sendo artesanal. O torrador é computadorizado para garantir que todo o lote fique de maneira uniforme. Outra aposta do empresário é a rastreabilidade do produto. Por meio de um QR Code na embalagem, é possível saber a história do café, desde o pé até à xícara.
Os cafés do Davi Charbel ficam no Castelo do Café, em Manhuaçu. Conheça as marcas clicando aqui. Sobre o castelo, falaremos na próxima reportagem.
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