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Cachaça mineira é reconhecida em concurso internacional

É de Felixlândia a aguardente premiada com Ouro em concurso nacional e Prata em Bruxelas.

Adão e a esposa mostram cachaças as premiadas.
Adão e a esposa mostram cachaças as premiadas. (Foto: Divulgação)
Washington Bonifácio
5 de setembro de 2022
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O seu Adão Manoel de Oliveira, de 73 anos, vive um momento inédito na cachaçaria dele. A tradicional aguardente produzida pela família na Fazenda Mourões da Porteira, em Felixlândia, região central de Minas Gerais, foi premiada com Ouro no 9º Concurso Anual e Nacional da Cachaça. A alegria é dobrada porque, além disso, ela teve medalha de prata no Spirits Selection, Concurso Mundial de Bruxelas, na Bélgica.

Agora a bebia está mais famosa entre as produzidas em Minas Gerais e isso agrega valor no produto. Nas estampas estão os selos especiais. As bebidas premiadas são envelhecidas em Jequitibá-Rosa e no Blend de Jequitibá-Rosa e Amburana. A conquista impulsionou os negócios da família e fez com que o produto fosse reconhecido e aprovado por grandes apreciadores de cachaça.

A história

A fábrica de cachaça da família começou com os avós do seu Adão. O primeiro alambique foi fundado no início do século XX. O produtor rural disse que quando herdou a empresa, ele até tentou iniciar a vida no campo na bovinocultura de corte, mas a paixão e a tradição familiar falaram mais alto. “Comecei bem leigo. Levedura e bactéria tinham o mesmo som para mim”, comentou, sorrindo.

Na parede da sala, um quadro de 1986 reproduzido por Maria Lúcia reforça a tradição e paixão do empreendimento rural da família . (Foto: Divulgação)

O produtor guarda boas lembranças de engenhos guiados por boi e, também, os melhores conselhos de quem tinha brilho nos olhos, na certeza de que aquilo podia dar muito certo um dia. Com isso em mente, depois que a mãe faleceu, Adão deixou o emprego na cidade e voltou para as raízes. “Hoje, estamos firmes e felizes no ramo e com as escolhas que fizemos, sempre tentando melhorar e atentos às normas, em todas as etapas do processo, do plantio da cana à rotulagem das garrafas. Esse cuidado torna nossa cachaça especial, macia, cheirosa e inconfundível”, disse o produtor, destacando também o apoio da esposa, Maria Lúcia Duarte, e o compromisso do filho nas questões administrativas e de inovação, Daniel Duarte, formado em engenharia agronômica, com capacitação técnica em análises químicas de cachaça.

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