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Com apoio de programa, cafeicultores de Campanha lucram após colheita

Márcia de Jesus Sousa Borges e Maurílio Bráz Borges tiveram o café selecionado entre as 200 melhores amostras no Coffee of The Year 2020

Márcia com o marido e os filhos. (Foto: Redes sociais)
Guto Moreira
27 de agosto de 2021
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Um casal de produtores de Campanha, no Sul de Minas, participa desde 2019 do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café+Forte. Márcia de Jesus Sousa Borges e Maurílio Bráz Borges são proprietários das fazendas Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora da Paz. Em comparação com a última safra de bienalidade baixa, o lucro nas propriedades aumentou em 112%. Em 2019 não tinham capital de giro e, neste ano, já estão investindo em maquinários.

Na safra 2019/2020, eles produziram um café com pontuação 89,5. Foram selecionados entre as 200 melhores amostras no Coffee of The Year 2020 (COY), um dos maiores concursos do Brasil, realizado durante a Semana Internacional do Café.

Uma das propriedades é herança da mãe de Maurílio. Márcia quer estimular a permanência da família no campo. A produtora tem dois filhos, Andressa e Bruno. O jovem, inclusive, começou a estudar inglês para ajudar na comercialização e negociação de cafés especiais.

“Estou muito animada vendo a empolgação dos meus filhos com a propriedade. Quero que eles continuem com as atividades e, agora, terão técnicas assertivas e eficientes para trabalharem, proporcionadas pelo ATeG Café+Forte”, disse a cafeicultora.

Bruno está estudando inglês para ajudar na negociação de cafés especiais. (Foto: Redes sociais)

Em 2020, o casal conseguiu pagar todas as dívidas e, com a sobra da safra anterior, comprou adubo e um secador e ainda tem capital para os custos desta colheita. Um dos problemas que enfrentavam era com o beneficiamento do café especial para a comercialização de pequenos lotes. Em alguns casos, pelo fato deste processo ser feito fora da propriedade, o produto ficava com a qualidade comprometida. O problema foi solucionado em julho deste ano, quando compraram uma máquina de beneficiamento.

O início

A orientação do técnico foi esqueletar uma lavoura que estava com uma produção razoável, já que a família não conseguiria pagar a mão de obra para a colheita e os cuidados com o cafezal. Na safra 2018/2019, de baixa produtividade da cultura, o casal produziu 170 sacas de café em 7,25 hectares, totalizando 23,44 sacas por hectare. Na safra 2019/2020, colheram 280 sacas com o preço médio de R$ 696,91 por saca. Para este ano de 2021, os produtores usaram um talhão para outros fins e, por isso, trabalham com 6,2 hectares de produção.

Este ano, também de baixa produtividade, investiram 36% a mais na lavoura, e a expectativa de colheita é de 220 sacas, totalizando 35,48 sacas por hectare, com um aumento de 52%. Comparado ao ano de bienalidade baixa, está previsto um aumento do lucro por hectare em 112%, podendo ser superior em função do aquecimento no mercado de café, com preços acima da estimativa base de R$ 700 por saca de 60 quilos.

Sobre o programa

O Café+Forte traz para o Programa ATeG toda a sua experiência na promoção de difusão da tecnologia de gestão de custo e na compreensão da importância na coleta e interpretação de dados para uso das instituições parceiras, enquanto a metodologia da Assistência Técnica e Gerencial do SENAR conduz os produtores à promoção do aumento da produtividade, da qualidade e da lucratividade para a cadeia do café.

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