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Epamig distribui mudas de ora-pro-nóbis na Zona da Mata

A distribuição aconteceu no Dia de campo realizado pela Epamig

Tradicional na culinária mineira, o ora-pro-nobis é rico em proteínas de alta digestibilidade, ferro, cálcio, vitaminas, minerais e compostos antioxidantes (Foto: Epamig).
Vivia de Lima
7 de maio de 2022
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A Epamig distribuiu 450 mudas de ora-pro-nóbis para 20 produtores da zona rural do município de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira. A ação faz parte do Dia de Campo dedicado ao cultivo comercial da planta. A pesquisadora da Epamig responsável pelos estudos com ora-pro-nóbis, Maria Regina de Miranda conta que, no total, foram produzidas quatro mil mudas provenientes de clones mantidos no Campo Experimental da empresa no Vale do Piranga. “As mudas que ainda não foram distribuídas serão enviadas a agricultores interessados. O trabalho de identificar essas pessoas vem sendo feito por mim, pela pesquisadora da Epamig Cleide Maria Pinto, pelo técnico da Emater local, Eduardo Faria Santos, e pelo presidente da Cooperarca, Valdinei Arthur Siqueira”, afirma Maria Regina.

A próxima edição do Dia de Campo está prevista para daqui duas semanas, desta vez na propriedade de um agricultor local produtor de frutas. A ora-pro-nóbis pertence ao grupo das Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc). Essas plantas, apesar dos altos valores nutricionais, ainda não têm tanta visibilidade no mercado. O cenário, contudo, parece estar mudando para a ora-pro-nobis, de acordo com a pesquisadora Maria Regina. Ela relata que, nos últimos anos, a planta vem se destacando no mercado, principalmente na forma de suplemento alimentar. “Pelo fato de ser uma Panc rica em proteína, a ora-pro-nóbis se tornou uma matéria prima de grande interesse da indústria, sobretudo na forma de suplemento alimentar em cápsulas. O teor de proteína na farinha de ora-pro-nobis e na folha desidratada é, em média, de 25%. A folha também apresenta altos teores de ferro, cálcio e vitamina C”, explica.

Demanda crescente

A demanda crescente por parte da indústria torna o cultivo de ora-pro-nóbis uma alternativa de diversificação de renda promissora para agricultores familiares. A partir das pesquisas com plantios superadensados de ora-pro-nóbis, a Epamig foi procurada por representantes do setor privado interessados no processamento da planta na Zona da Mata mineira. O resultado foi a criação de um projeto de pesquisa interdisciplinar com profissionais da Epamig e professores da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

O projeto foi submetido ao Edital Universal da Fapemig de 2022.  Em paralelo, outro projeto está sendo construído com o envolvimento da Emater-MG, professores da UFV, e participação dos pesquisadores da Epamig, Sérgio Donzeles, Cleide Pinto e Maira Fonseca. O objetivo do novo projeto, ainda em fase de planejamento, será a implantação de um arranjo produtivo de ora-pro-nóbis em Visconde do Rio Branco e em municípios vizinhos, como Ubá, São Geraldo, Guiricema e outros.

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