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Epamig realiza oficinas sobre plantas medicinais usadas pelo SUS

As ações vão discutir as tecnologias e conhecimentos ligados ao cultivo, processamento e identificação de plantas de uso fitoterápico

A calêndula é uma planta com propriedades antiinflamatórias. (Foto: Maira Fonseca /Epamig)
Ricardo Miranda
6 de janeiro de 2023
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Vão ser realizadas, ao longo do ano, várias oficinas e atendimentos técnicos a Farmácias Vivas e Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado. As ações são desenvolvidas por pesquisadoras da Epamig, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, com o objetivo de repassar tecnologias e conhecimentos em relação ao cultivo, processamento e identificação de plantas medicinas de uso fitoterápico usadas em pacientes do SUS, Sistema Único de Saúde.

As atividades vão discutir o uso de espécies que fazem parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (Renisus), que foi desenvolvida com o objetivo de incentivar a pesquisa e estimular o uso seguro do material vegetal. Em Belo Vale, na região Central do estado, foram entregues recentemente 14 espécies de plantas fitoterápicas para as UBSs do município, a partir de uma parceria com a prefeitura. Foram repassadas calêndula, hortelã-pimenta, arruda, alecrim, boldo, tanchagem, babosa, pata de vaca, mil folhas, picão, pariri, açafrão, melão-de-são-caetano e funcho.

Ações previstas

As mudas doadas foram produzidas no Campo Experimental Santa Rita, da Epamig Centro-Oeste, em Prudente de Morais, também na região Central do estado. Além da distribuição das plantas, as ações incluem a transferência de tecnologias e conhecimentos sobre o uso desses vegetais. “A prefeitura do município já repassou as mudas para o plantio em três UBSs, que iniciaram as oficinas com a população sobre cultivo, importância da identificação correta das plantas e benefícios do uso adequado das espécies medicinais para a melhoria da saúde e da qualidade de vida”, explica a nutricionista da atenção básica de Belo Vale, Ananda Monteiro de Andrade.

No mês que vem, em parceria com alunos e professores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Epamig vai realizar uma oficina sobre o processamento pós-colheita (secagem e armazenamento) de plantas medicinais. As atividades vão envolver famílias no município de Diogo de Vasconcelos, região metropolitana de Belo Horizonte. “A prefeitura da cidade já cedeu um espaço para a implementação da unidade de secagem. Vamos atuar de forma que os agricultores envolvidos possam ver na prática como todo o processo é feito”, afirma prevê a coordenadora de Transferência e Difusão de Tecnologia da Epamig Sudeste, e uma das responsáveis pelo projeto, Maira Christina Fonseca.

A unidade de secagem vai iniciar os trabalhos com capacidade de atender 11 agricultores locais que estão produzindo plantas medicinais. “Ações que promovam a produção e o uso seguro das plantas medicinais são fundamentais para a obtenção de material vegetal de qualidade e que exerça a função terapêutica desejada. Além disso, contribui para a garantia da quantidade e qualidade destas plantas para o fortalecimento da fitoterapia no SUS”, comenta a pesquisadora da Epamig Centro-Oeste, Juliana Maria de Oliveira.

Este ano, o projeto da Epamig vai realizar duas oficinas em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. A primeira ação vai acontecer em Julho, envolvendo apenas a equipe da Farmácia Viva do município. Em Dezembro, na outra atividade, as pesquisadoras vão atender agricultores familiares previamente selecionados para uma atualização sobre as tecnologias de cultivo, colheita e secagem de plantas medicinais.

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