Escassez deve continuar no Brasil até safrinha de 2022
Neste início de agosto houve queda no preço do milho e a Bolsa Brasileira (B3) abriu os trabalhos, nesta semana, com os preços futuros do cereal operando em baixa. Especialistas alertam que este é um efeito breve da colheita da safrinha 2021.
Mesmo com a chegada da safrinha ao mercado, neste início de mês, cenário de escassez de oferta ainda mantém as cotações em patamares historicamente elevados. Em SP e na região sul do país o saco de milho chega a custar 100 reais.
Com o aumento da área plantada, a expectativa é de boa produção em 2022, porém o volume ainda não será suficiente para atender a demanda. A recuperação é esperada com a chegada da safrinha de 22. De acordo com o analista, o produtor deve ficar atento aos custos de produção.
“A safra 21/22 é uma safra que vem com aumento de custos bem consideráveis, em especial o fertilizante. Ele começa a subir a temperatura no mercado internacional. A China, semana passada, anunciou restrições nas exportações de fertilizantes por medo escassez no mercado agrícola chinês. Então o agricultor que está vendendo milho e soja agora tem que ter em mente que a safra 21/22 será uma safra mais cara”, revelou.
O analista orienta que este é momento do produtor vender o milho que está estocado para se capitalizar e conseguir melhores condições de compra de insumos com pagamentos à vista e antecipados, garantindo assim uma safra mais barata no próximo ano.
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