Neste ano, a Conab prevê uma colheita estimada em 26,9 milhões de sacas
Das cozinhas mais simples aos restaurantes mais sofisticados, a xícara de café sempre está lá. A segunda bebida mais consumida no mundo é também a preferida de todas as manhãs e tardes dos brasileiros. Tem gente que gosta tanto que não obedece a essa regra e toma café o dia inteiro.
Neste ano, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê a colheita de 26,9 milhões de sacas. Deste total, 48,4% são produzidas em Minas Gerais. No ano passado, o Valor Bruto da Produção (VBP) apontou que a cafeicultura mineira movimentou R$ 21,7 bilhões, ou seja, representou cerca de 18% do VBP gerado por toda a agropecuária do estado.
A analista de Agronegócios do Sistema FAEMG Ana Carolina Gomes destaca que não é de hoje que o café tem grande importância econômica. “Desde a chegada ao Brasil, o grão foi o maior gerador de riquezas e o produto mais importante da história nacional, responsável pelo desenvolvimento e modernização do país, pela construção de portos e estradas e a dinamização das cidades”, disse.
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, responsável por cerca de 30% do mercado internacional. E os brasileiros estão em segundo lugar no ranking de consumidores do cafezinho, perdendo apenas para os EUA.
Além de o café contribuir para a formação de capital no setor agrícola, absorve uma grande parcela de mão de obra, gerando muitos empregos diretos e indiretos. Estima-se que cerca de 4 milhões de empregos sejam gerados em toda a cadeia produtiva mineira do grão.
O Brasil é o maior exportador mundial de café. E os principais países importadores do grão colhido aqui são Estados Unidos, Alemanha, Itália, Bélgica e Japão.
Destaca-se que 68% do café exportado para o mundo vêm das lavouras mineiras. “Para se ter uma ideia da representatividade, uma em cada cinco xícaras de café consumidas no mundo sai de Minas Gerais”, reforça a analista do Sistema FAEMG.
O grão é um dos principais geradores de renda no estado. É cultivado em mais de 600 dos 853 municípios mineiros, sendo a principal atividade econômica em 340 deles. Segundo o último censo agropecuário (2017), em Minas Gerais são mais de 123 mil estabelecimentos agropecuários que produzem café, o que gera oportunidade para mineiros, que dependem, direta ou indiretamente, da cafeicultura para o sustento. “Aí está uma importância que vai além da econômica, que é a social”, finaliza Ana Carolina.