As 32 famílias de Rio Casca produziram feijão tipo 1 e já venderam as safras
Plantar e não saber para quem vender é um dilema enfrentado por muitos produtores rurais familiares, espalhados pelo Estado de Minas Gerais. A maioria traz consigo o costume de cultivo entranhado na cultura, mas nem todos têm o empreendedorismo na veia.
A dificuldade de escoamento freou, por muitos anos, o desenvolvimento do cultivo de grãos em Rio Casca, na Região das Matas de Minas. Mas graças à novas parcerias, os produtores agora já têm boas histórias para contar.
A parceria a que o produtor rural se refere é o apoio que ele e os colegas começaram a receber da Fundação Renova, em 2019. A empresa criada com a missão de recuperar a Bacia do Rio Doce, em decorrência dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, identificou os problemas enfrentados pelos agricultores e levou uma industria empacotadora, ao município, para comprar a produção. Mas antes foi preciso melhorar a qualidade dos grãos que era mista. Além da consultoria e assistência técnica, os agricultores receberam sementes, adubo e o agrosilício.
Com sementes de qualidade superior, o feijão cultivado pelas famílias alcançou a classificação tipo 1 que é mais valorizada pelo mercado. O valor da saca também dobrou.
A empresa empacotadora indicada pela fundação criou uma embalagem exclusiva para o produto, chamado de Cultivo do Bem, que leva também o selo Amigos do Rio Doce, símbolo do apoio a produtores rurais e empreendedores da região.
Finalizada a segunda safra, entre as próximas ações planejadas dentro do projeto está o apoio às comunidades na formalização de uma Associação de Produtores Rurais, o que permitirá desenvolver outras atividades produtivas e captar recursos para colocá-las em prática. A implementação de um banco de sementes, por meio do trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), já está em andamento nas comunidades.