Congresso Nacional aprovou medidas emergenciais que beneficiam produtores leiteiros
A pecuária leiteira foi uma das cadeias que mais sofreram durante o ano de 2021. O valor pago pelo litro de leite perdeu valor de mercado quando o assunto é custo de produção. Durante o ano, principalmente os pequenos produtores optaram pelo descarte de animais e até abandonaram a atividade em virtude dos prejuízos. A informação foi confirmada pela Abraleite (Associação Brasileira dos Produtores de Leite). Em novembro de 2020, o preço médio do litro de leite pago ao produtor no Brasil era de R$ 2,04. Em novembro de 2021, o valor subiu para R$ 2,18, aumento de quase 7%.
Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, o setor precisa se organizar para sobreviver. “A gente sempre teve o desestimulo nos momentos em que o produtor recebe preços baixos pelo seu produto. Mas hoje estamos vivendo um momento diferente nessa pandemia, com todos os produtos subindo muito mais do que a remuneração. Nós estamos vivenciando um momento mais difícil ainda com o custo de produção inviabilizando o negócio de muitos pequenos produtores. Isso vem sendo observado há alguns anos”, observa Borges.
Durante as últimas sessões antes do recesso, o Congresso Nacional aprovou medidas emergenciais que beneficiam agricultores familiares, incluindo os quase 400 mil pequenos produtores de leite. Entre elas, renegociação de dívidas rurais com desconto de até 95%, liberação do Garantia-Safra para aqueles que perderam mais de 50% da sua produção e flexibilização das garantias, utilizando não só o rebanho mas também a produção para pagamento de dívidas. Em Minas Gerais, mais de 28 mil produtores devem ser beneficiados. O depósito do benefício começou a ser pago em dezembro.