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Alunas do Instituto Cândido Tostes reproduzem lácteo mexicano

O Jocoque, como é chamado o lácteo, foi fabricado após participação do grupo em evento acadêmico com universidades do México e Argentina

As alunas Julianna Paiva Lima dos Anjos e Valentina Cruz Soares, durante o preparo do Jocoque. (Foto: Marcelo Ribeiro).
Vivia de Lima
29 de janeiro de 2023
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Iogurte com cebola e tomilho? Se você já ouviu falar nisso, é provável que alguém estivesse se referindo ao Jocoque, tradicional lácteo fermentado da culinária mexicana, que tem gosto ácido e salgado. Ele pode também ser temperado com hortelã, manjericão, salsinha, alecrim e orégano e outros condimentos. O lácteo foi produzido de forma experimental por professores e alunas do curso técnico do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais. A atividade do grupo faz parte do Aprendizado Internacional Colaborativo Online (Collaborative Online International Learning – COIL). Essa foi a segunda participação consecutiva do Instituto no Coil, que teve como tema “leites fermentados”.

“No último dia, todos os estudantes fizeram apresentações sobre laticínios usados nas culinárias locais de seus países. As alunas brasileiras falaram do Kefir e da Bebida Láctea. Foi nesse contexto que aprendemos sobre o Jocoque, que praticamente não existe aqui no Brasil, e isso nos motivou a produzi-lo em caráter experimental. Queríamos conhecer melhor o produto e eu, particularmente, adorei”, relata a pesquisadora do ILCT, e professora responsável pela coordenação do grupo, Ana Flávia Coelho Pacheco. Além dela, participaram da atividade o professor do ILCT, Junio Cesar de Paula, e as alunas Julianna Paiva Lima dos Anjos e Valentina Cruz Soares.

“Coisa azeda”

Jocoque que significa “coisa azeda”,  é um lácteo fermentado produzido a partir do leite de vaca, cabra ou de ovelha, e apresenta uma consistência entre o iogurte e o queijo fresco. O que o diferencia dos demais são as especiarias usadas para “temperar” o produto. Sua origem é incerta, mas popularmente acredita-se que remonte ao século XVI. Se você quiser aprender, acesse aqui a receita.

Segundo a professora, assim como demais leites fermentados, o Jocoque traz inúmeros benefícios para a saúde humana, como efeitos anti-inflamatórios e redução do risco de câncer de cólon, fígado e mama. “Além disso é importante lembrar que o Jocoque recebe adição de bactérias lácteas e microrganismos probióticos, que também trazem diversas vantagens para a saúde, sobretudo para a flora intestinal. E ainda há um benefício adicional que é trazido pelos condimentos e temperos naturais inseridos na receita, que possuem, em suas composições, compostos bioativos que impactam nossa saúde positivamente”, ressalta Ana Flávia.

Ana Flávia ressalta ainda o potencial do Jocoque para o mercado brasileiro de lácteos, uma vez que é um produto desconhecido, natural e muito versátil. “A área de leite e derivados está sempre em constante crescimento e os consumidores têm buscado produtos os mais naturais possíveis. O Jocoque atende essa demanda, pois as especiarias adicionadas são naturais, nada é processado.

 

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