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Produtores aprendem sobre alimentação animal

O instrutor explicou que alimentar implica em ingerir, digerir e isso tem a ver com volume, massa verde e quantidade.

Os produtores aprenderam que volume é importante, mas precisa andar junto com a nutrição. (Foto: Divulgação)
Washington Bonifácio
19 de agosto de 2022
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Alimentação é diferente de nutrição. Um grupo de produtores atendidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Balde Cheio do Sistema FAEMG levou essa mensagem do curso de “Silagem, mistura mineral e concentrado”, ministrado pelo instrutor Rafael Paiva Izidoro, em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Taquaraçu de Minas. A demanda do curso veio para complementar o trabalho dentro da ATeG e aprimorar os conhecimentos dos produtores para que possam otimizar os recursos.

Durante a capacitação o instrutor explicou que alimentar implica em ingerir e digerir. Tem a ver com volume, massa verde e quantidade. “Muitas vezes o produtor foca nessa prática, que é tão somente manter o rebanho saciado, porém isso pode ser um risco já que o animal tem suas preferências e acaba cometendo exageros ou não ingere outros alimentos importantes para seu desenvolvimento”, disse.

Nutrição animal

A nutrição dos ruminantes estuda a relação entre a composição nutricional de um alimento e tenta equilibrar os necessários de acordo com a necessidade ou com base em um determinado momento da vida do animal, e isso varia em função da sua fase de crescimento, maturação sexual, produção e reprodução. “A nutrição é preparada com base na matéria seca do alimento, que é a parte sólida onde estão os nutrientes. O que conta na boa nutrição é, também, os ajustes entre quantidade e qualidade de volumosos e concentrados que estamos oferecendo, independente da escolha da cultura que será destinada à ensilagem ou preparação da silagem”, informou o professor.

Além destas noções básicas, o treinamento mostrou técnicas de conservação da silagem e os cuidados no ponto de colheita, relação de umidade, matéria seca da planta, processo da picagem, compactação e inoculantes para garantir uma fermentação adequada. Por último, os produtores conheceram as possibilidades de mistura de concentrado, feita à base de alimentos farelados utilizando milho, soja, trigo, grãos e commodities agrícolas.

Rafael explicou que apesar de ser um método de conservação, o preço da silagem também subiu nos últimos anos, de R$80 para R$500 a tonelada, em função do aumento dos alimentos e das seguidas secas que afetam a produção de capim. Por isso, é necessário que haja planejamento e pesquisas de mercado, e pensar em como ser mais eficiente em relação aos recursos, gerando mais riqueza por hectare. “O Sistema FAEMG tem um papel muito importante porque leva conhecimento para que o produtor consiga acompanhar as revoluções no campo”, completou o instrutor.

Junio Rocha de Sousa, 28 anos, ficou impressionado com tudo que aprendeu. “Eu entendia um pouco do assunto, mas percebi que era muito aquém para oferecer mais qualidade ao rebanho. Inclusive, eu não sabia como balancear a ração e esse foi outro ponto positivo. Sinto que minhas atividades, como trabalhador rural, acabam sendo mais valorizadas aos olhos do produtor já que está sempre em busca de resultado”, contou entusiasmado.

Perspectivas do grupo ATeG

O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Taquaraçu de Minas, Paulo Afonso de Oliveira, está satisfeito com as mudanças que a assistência técnica do Sistema FAEMG tem promovido nas vidas dos produtores, principalmente em relação à gestão e ao trato com os animais. “A demanda desse treinamento sobre silagem agregou ainda mais conhecimento e fortaleceu a questão da qualidade e otimização”, disse.

Além dessas melhorias, o presidente destacou as ações da entidade em conjunto com os produtores assistidos, de apoio à criação do selo Entre Serras, um importante elemento que poderá ser usado nos produtos feitos por eles em seus respectivos municípios envolvidos e, assim, impulsionar a comercialização nos estabelecimentos locais e fora deles.

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