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Produtores de soja discordam da previsão de safra da Conab

“Brasil não repete nem a safra do ano passado”, pondera a Associação de Produtores de Soja após estimativa divulgada pela Conab

Produtores de soja estimam que a safra fique próxima de 130 milhões de toneladas. (Foto: Semagro)
Ricardo Miranda
12 de janeiro de 2022
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Produtores de soja acreditam que a estimativa da Conab foi muito “conservadora”. (Foto: Mapa)

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou esta semana a estimativa para a safra de grãos na temporada 2021/2022. Os números preveem crescimento da área plantada e da produção de soja, mas os agricultores não veem o cenário com o mesmo otimismo.

A estimativa da Conab aponta crescimento de 3,8% na área plantada de soja, totalizando 140,5 milhões de toneladas. Com esse resultado, o Brasil se mantém como maior produtor mundial da oleaginosa. Por outro lado, a Sociedade Nacional de Agricultura, SNA, divulgou a análise feita por especialistas e produtores que acreditam que a safra 2021/2022 enfrentará mais problemas que vão levar a uma produção menor que a da temporada passada.

“Conab foi moderada”

Segundo produtores, problemas climáticos vão prejudicar a safra. (Foto: Mapa)

A Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) prevê uma produção bem menor do que os números divulgados pela Conab e acredita que a companhia foi moderada. “O Brasil não repete nem mesmo a safra do ano passado. Podemos chegar a perto das 130 milhões de toneladas somente, e digo depois de ter visitado muitas lavouras no Sul do País e ouvido relatos de produtores do Brasil inteiro. Temos problemas em todos os lugares agora e o clima é muito diferente do que tivemos no ano passado”, pondera Antônio Galvan, presidente da Aprosoja.

O presidente da Aprosoja ainda afirma que o relatório da Conab está defasado, por não levar em conta os problemas climáticos que vão reduzir a produtividade de lavouras em vários estados do país. “Nós já vínhamos falando que a Conab não iria ajustar de forma nenhuma seus números de acordo com o que o mercado já fez. Dito e certo. A Conab é muito conservadora”, pontua Galvan.

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