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Uberlândia estuda o uso de pó de basalto como remineralizador de solo

Ensaio de viabilidade técnica e eficiência agronômica foi entregue a mineradoras da região e pode ser usado para registro no Ministério da Agricultura

Pó de basalto pode ser usado na agricultura. (Foto: PMU)
Ricardo Miranda
31 de outubro de 2021
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A prefeitura de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, apresentou para empresas mineradoras um estudo de viabilidade técnica e ensaio de eficiência agronômica sobre o uso de pó de basalto como remineralizador de solo. A região é rica nesse tipo de rocha salicática, que apresenta potencial de uso na agricultura.

Estudo da prefeitura de Uberlândia começou em 2017. (Foto: PMU)

O prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, explicou que o relatório é desdobramento de pesquisas feitas pelo município desde 2017 em conjunto com a Companhia de Promoção Agrícola e Tecnologia Campo, além da concessionária de ferrovias VLI. As empresas de mineração poderão utilizar o material para obter o registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para produzir e comercializar o subproduto.

“Eu acredito que estamos diante de uma nova revolução agrária com a disseminação do uso do pó de rocha na remineralização do solo. Aqui em Uberlândia, o pó de basalto é abundante, rico em minerais e esse estudo entregue aqui hoje para as mineradoras é um novo passo para fortalecer a logística em torno do produto”, disse o prefeito.

Melhoria na produtividade

Uso de pó de basalto foi testado em plantações de milho. (Foto: Danilo Henriques – Secretaria de Governo e Comunicação / PMU)

O estudo apresentado pela prefeitura de Uberlândia mostra que as características físico-químicas do pó de basalto possuem potencial para melhorar a qualidade do solo. O subproduto da mineração, utilizado como remineralizador, auxilia na recuperação a terra de forma natural, com destaque para as concentrações de cálcio, magnésio e potássio.

O uso do pó de basalto aumenta o rendimento da produção, melhora a sanidade e aumenta a resistência das plantas. A utilização diminui a necessidade do uso de fertilizantes sintéticos, barateando os custos da lavoura.

“Já no início dos estudos, constatamos um aumento de 10% no peso de 1 mil grãos de soja cultivada em solo que teve aplicação do pó de basalto. Isso é um exemplo do potencial que esse produto tem na produção agrícola”, explica o engenheiro agrônomo Marcos de Matos Ramos, que participou do estudo.

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