Instituições de ensino superior e a iniciativa privada estão juntas para fomentar a caprinocultura na região.
Governador Valadares é um destaque do Vale do Rio Doce pela pecuária leiteira e de corte de bovinos. Tanto que a região possui várias indústrias de envasamento e produção de derivados do leite, além de matadouros que exportam para vários estados.
Uma nova vertente negócios tem surgido no agro valadarense e já chama a atenção dos produtores. A caprinocultura é uma oportunidade lucrativa de diversificar a renda na propriedade rural.
A Universidade Vale do Rio Doce (Univale), o laticínio Barbosa e Marques, e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), querem fomentar a criação de cabras leiteiras para atender a demanda da cidade e região.
Para se ter uma ideia, a empresa precisa envasar mais de 10 mil litros de leite de cabra, por dia, e com isso tem adquirido a matéria prima no Rio de Janeiro. O avanço da atividade no Leste de Minas vai suprir essa necessidade e ainda gerar renda.
A universidade deu o primeiro passo. Ela quer unir o útil ao agradável. Ao criar um capril experimental, vai ter um laboratório de aprendizado para alunos e também dar um norte para quem deseja ter o primeiro contato com os animais para, futuramente, se tornar caprinocultor.
A infraestrutura funciona na Fazenda Experimental da Univale, no campus II. Os caprinos serão cuidados pelos professores e estagiários dos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária.
O planejamento da universidade é capacitar os caprinocultores em parceria com o Senar. Além disso, a expectativa é a de que, em breve, o Curso de Farmácia inicie a produção de cosméticos com o leite das cabras.
A universidade adquiriu 10 animais jovens da raça Saanen. Desses, 4 estão em fase de gestação, e todos têm entre 12 e 18 meses. Para a escolha dos caprinos, foram avaliados critérios como a qualidade genética e lactação.