O ano que vem será de desafio para cafeicultores do estado
Charbel Felipe trabalha com commodities deste 1988. O empresário acompanha dia a dia o movimento da economia. O portal Uai Agro conversou com o especialista sobre a situação de Minas Gerais, em especial, a região leste, com relação aos reflexos econômicos da variante Delta no estado. Segundo ele, os preços do café reagiram à Delta e a previsão é a de continuem firmes no decorrer do restante do ano.
“Essa semana nós tivemos um mercado mundial agitado em função dos novos surtos da variante Delta. Trazendo aqui para a nossa região, no caso do café, as Matas de Minas que compõem parte do Leste de Minas e a Zona da Mata. A situação de produção está menos comprometida para 2022, em relação a outras regiões de Minas, considerando que nós não tivemos geada. Os preços já reagiram bastante. Vão continuar firmes no decorrer deste ano”, prevê.
CAFÉ- O ano de 2021 foi de baixa produção em todo o estado de Minas Gerais. Você viu aqui no Uai agro que a colheita nas Matas de Minas foi 60% menor que a do ano anterior. Seguindo a lógica, o próximo ano deveria ser de boa produção. Contudo, o especialista alerta que as previsões não são tão boas assim, principalmente para a região sul.
“Este ano nós já tivemos uma safra menor, em função da bienalidade. Este foi um ano de colheita menor se comparado com 2020. Então se desenhava um cenário de uma produção maior para 2022 que não vai se concretizar, por questões climáticas. Tivemos menos chuvas. Tivemos regiões de Minas com geada , SP e Paraná. Então no contexto geral vamos ter uma produção que não era esperada inicialmente para 2022”, revela.
Segundo o consultor, ainda é cedo para falar em números, mas é possível afirmar que a safra será menor. As previsões são as de que os preços continuem firmes, em um bom patamar até o fim ano.
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